domingo, 23 de março de 2014

O Misantropo do Itaim Bibi

Depois de escrever sobre uma porção de experiências vividas, e algumas inventadas, ao longo de toda uma vida, manda o figurino reunir tudo em um livro, dizem.
Principalmente quando alguns amigos dizem que o seu texto tem certo estilo, é bem humorado, cínico, engraçado, algumas vezes melancólico, e que você não copia o jeitão de escrever de ninguém.
E mais, disem que o conteúdo das suas historinhas é diversificado e tem de tudo: teatro, cinema, livros, pintura, culinária, política, namoradas, amigos, cinema publicitário, viagens (as duas) pela São Paulo, antiga e moderna, e algumas outras cidades do mundo.
Agora, se você gostou e se acostumou a não pedir nada para os outros, para não aborrecê-los, como fazer para editar um livro com todos os seus escritos, de forma independente sem sair de casa?
Eu encontrei a solução no site BLURB, que é de uma editora virtual, sediada nos EUA, que edita, armazena, vende e entrega os livros na sua casa pelo correio.
A única frescura para a compra do livro é que tem que ser via cartão de crédito internacional, que até eu que sou conhecido como o Durango Kidding, tenho.
Com a ajuda do meu filho Bruno que clicou as fotos e fez a diagramação no site, sem sair de casa, “O Misantropo do Itaim Bibi” está publicado.
Além de todas as coisas que eu já falei aí em cima, o livro tem, no seu final, um texto teatral tragicômico cujo titulo é “Anima & Cuore – Agência de Comunicação e Eventos”, que fala sobre uma agência de propaganda em franca decadência que resolve fazer uma reestruturação na sua equipe de velhos colaboradores.
Bem, depois de toda essa Aquarela do Brasil, caso você resolva comprar o livro, e eu sei que este post vai rodar logo, anote o site da editora: www.blurb.com. Opte pela versão em português, procure o meu nome Antonio Carlos Santiago ou a palavra Misantropo nas caixinhas correspondentes do site e siga as instruções. 
Se você resolveu comprar o livro agora, e não tem dificuldade com o inglês, clique no link abaixo:





sábado, 15 de março de 2014

Pato tricolore.

Meu, fiquei intrigado com o entusiasmo do Pato na sua estreia no seu novo time e resolvi saber quais foram os ingredientes dessa mudança.
Descobri que a Ilze Scamparini, nossa correspondente na Itália, procurou em Milão a filha do senhor Silvio Berlusconi, namorada do Pato, para uma entrevista a respeito da mudança ocorrida no seu namorado ao trocar de time.
Olha o que a fidanzata do Pato disse:
- Ragazzi, o empresário do Pato viajou na sua inocência e não levou em consideração o efeito que causaria no Anatroccolo a troca da cidade de Milão, que como todos sabem é a capital do mundo da moda, design, arrogância, etc., pela Vila Maria em Sao Paulo, Brazile.
- E o que foi que o seu namorado confessou pra você? – perguntou a repórter.
- Lui a detto que no dia do primeiro treino nesse novo time brasileiro um companheiro de equipe gritou, quando ele estava no ataque com a bola nos pés, “joga nimim”.
- E aí? – perguntou a Ilze.
- Ele disse que não entendeu. Pensou que fosse só uma brincadeira do excelente narrador Milton Leite. Disse que sendo lá dos rincões gaúchos já tinha ouvido companheiros gritar “passa pra mim” em espanhol, alemão e italiano, mas naquele idioma nunca.
- E depois? – voltou a perguntar a repórter.
- O Duck perguntou para empresário dele se não tinha nenhum time na Vila Nova Conceiçao ou no Itaim Bibi em Sao Paulo que ele, magari, pudesse trocar pelo outro.
- E o que foi que o empresário disse? - sempre a Ilze.
- Che l’unica squadra de grã finos que existia no Brazile era no quartiere do Morumbi, que era também um bairro grã fino.
- E na sequência? – outra vez a Ilze.
- Lui ha preso la macchina e ha fatto um bel giro em volta do Coliseum Paulista e gostou do bairro, das villas, e mudou.
- O como seu namorado esta se sentindo agora? – perguntou a repórter.
- Come se lui fosse tornato a Milano - respondeu Barbara Berlusconi.
- Grazie, sei molto gentile – finalizou a repórter brazilliana.
- Prego.


segunda-feira, 10 de março de 2014

O Fuleco.

- Ei, Fuleco, vamos chover um pouco no molhado, que, aliás, a nossa terra esta precisando tanto. Você que é o mais profundo dos sonhadores diga lá o que devemos esperar do nosso Brasil, esse país do futuro no futuro, após esse ano de copa do mundo e eleições...
- Quem, eu?
- É, você que acredita e vive dizendo que a esperança é a última que morre, que Deus é brasileiro, que Deus é Fiel, é nóis, entre outras coisas...
- Bem...
- Que é tão ingênuo que acredita que somos um povo feliz só porque os turistas europeus, usando da sua educação colonialista, esse truque de comunicação manjado, chamam de felicidade a nossa falta de seriedade, noção, preguiça, educação...
- Quero dizer...
- Diga que os seus compatriotas, no geral, são analfabetos e ignorantes porque os livros são muito caros, e, no entanto, as bibliotecas públicas vivem às moscas; que certos produtos secundários tem incentivo fiscal e material educacional não tem...
- Acredito...
- E esquece que a câmara federal em uma votação fechada, sigilosa, livrou um deputado federal da cassação do mandato, um sujeito já condenado pelo STF por formação de quadrilha e todo tipo de falcatrua; depois, em votação aberta, que deveria ser obrigatória para todas as votações, que é a única forma de evitar a troca de favores entre o poder executivo e o congresso (ouviu senhores manifestantes de rua?), voltou atrás e condenou o deputado à perda do mandato. E o que dizer do Supremo Tribunal Federal que não considerou, vergonhosamente, crime de Quadrilha a reunião criminosa composta pelos integrantes do Mensalão do PT, que desviou dinheiro público para enriquecer alguns e comprar a consciência de outros corruptos, comprovado pelos autos do processo que todos assistimos pela TV? Diga o que podemos esperar do congresso nacional e do STF que se parece com um Circo de domadores de bestas, mágicos de cartola, ilusionistas...
- Eu...
- É, você que não sabe que desenvolvimento e riqueza de uma nação, invariavelmente, são resultados da competência comprovada de planejadores, administradores, ministros e parlamentares. No entanto, apenas como exemplo, o ministro das minas e energia – crucial nesse mundo moderno - é o representante e ex-governador do estado mais atrasado da federação; onde o presidente do senado federal é o representante do estado mais pobre da união; que o presidente da câmara federal é de outro estado subdesenvolvido. O que indica que aqui, no Brasil, não se prioriza a competência administrativa, de gestão, dos destinos do país. Diga por que excelentes técnicos, intelectuais e cientistas disponíveis, interessados no serviço público, não são convidados... É a máfia da pitomba acabrestando essa massa de ignorantes mandando no Brasil...
- Cara...
- Caralho!, como você pode confiar que a desigualdade vai ser erradicada sem produzir novas riquezas, distribuindo dinheiro dos cofres públicos, sem contra partida, ao invés de garantir para quem quiser competir, e encarar a realidade da vida, igualdade de condições promovendo acesso à educação e saúde de qualidade para todos. Como essa bosta de governo federal pode construir verdadeiras Catedrais para jogos de futebol; financiar Porto em Cuba, etc. – apesar do meu respeito pela proposta inicial da revolução Cubana e o seu Povo; socorrer países africanos e sul americanos (na minha modesta opinião essa é uma incumbência dos colonialistas do passado: Inglaterra, Holanda, Bélgica, França, Espanha, Portugal...), se não temos saneamento básico em 50% (?) dos domicílios brasileiros, nem escolas com ensino de qualidade e hospitais de nível razoável; e que os noticiários dos jornais e da TV não param de anunciar, fraudes, corrupção, homicídios, assaltos, sequestros, violência de todo tipo, periferias abandonadas e a kracolândia se espalhando por todas as cidades brasileiras...
- Ouça.
- Ouça você: esse governo do PT esta posando de pobre em dia de pagamento...
- Veja...
- Vai, diga o que você imagina para o futuro do Brasil e dos brasileiros?
- Veja, pra dizer com toda sinceridade, eu acho que vai haver o triunfo do brasileiro incorruptível e corajoso nas ações e procedimentos dos nossos governantes, à partir das próximas eleições de 2014: presidente, governadores, prefeitos, ministros, senadores, deputados, funcionários públicos, empresários e do povo brasileiro. Será o fim dos mentirosos, bajuladores, aproveitadores, carreiristas, ladrões, e dos filhos da puta em geral...

- Eu não to falando procêis? O Fuleco não tem jeito...

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

460 Anos - Parabéns São Paulo!!!

Estou distante apenas alguns dias de completar 70 anos de vida e até bem pouco tempo eu não conhecia os serviços públicos de saúde da minha querida Cidade de São Paulo. Agora conheço e é muito bom.
Aconteceu que ao me aposentar aos 65 anos, e deixar de trabalhar, mesmo, ficou difícil pagar serviço médico/hospitalar particular. A grana ficou curta e não dá para sacrificar as minhas poucas e simples necessidades podendo utilizar os serviços públicos disponíveis.
Foi o que eu fiz.
Comecei o conhecimento desses serviços públicos indo ao Posto de Saúde aqui do meu bairro, no Itaim Bibi, em 2009 para a vacinação contra gripe. Depois olhando a lista de especialidades do Posto marquei consulta com o oftalmologista pra atualizar as lentes dos óculos.
Fui atendido por gente atenciosa em um local limpo.
Anos mais tarde em 2013 quando decidi fazer um exame da próstata, para verificar se estava tudo bem com ela, passei pelo clínico geral do posto. Ele, o clínico, pediu exames de sangue e urina - os materiais foram colhidos no próprio posto de saúde - e fui encaminhado, junto com os resultados dos exames, para o AMA Sorocabana, na Vila Romana, porque o nosso posto de saúde não dispõe dessa especialidade - Urologia.
Fiquei surpreso com as dependências desse AMA e com a forma moderna de atendimento e a cordialidade dos atendentes; com senha, painéis eletrônicos, e o cuidado com a limpeza das instalações e equipamentos desse antigo hospital reformado. O medico atencioso verificou os exames que eu trazia (sangue e urina) e pediu uma ultrassonografia da próstata. O exame foi feito, dias depois, ali mesmo no AMA Sorocabana, por um médico e assistente, em uma sala asséptica com aparelhagem moderníssima.
Tudo ok com a próstata do véio.
Aí, um pouco depois, nesse mesmo ano, julho eu acho, pintou uma feridinha no pescoço que eu achei que era uma espinha ou cravo. Apertei, e a feridinha inflamou e não sarou.
Bem, marquei uma consulta e voltei ao clínico geral do posto do Itaim Bibi que, outra vez, solicitou encaminhamento para uma consulta com um dermatologista – o posto também não tem essa especialidade. A solicitação foi feita pelo computador e agendada para o Hospital das Clinicas, que eu só conhecia o prédio visto de fora e pela fama de melhor Hospital da America do Sul.
No dia agendado fui atendido. Início de outubro do mesmo ano, 2013.
Primeira consulta setor de triagem; composto de médico líder e um grupo de assistentes. Recebi um cartão de identificação com código de barras e passei a ser paciente das Clínicas. Que alivio.
Consultórios impecáveis.
Segunda consulta; os médicos pediram que eu ficasse de cuecas e deitasse em uma maca com forro descartável e examinaram o meu corpo inteiro; verificaram a necessidade de biópsia na ferida do pescoço e outra ao lado do supercílio direito.
Terceira consulta; sala para pequenas cirurgias (diversas) e realização da biópsia. Paredes de concreto aparente e total assepsia nas instalações, nos equipamentos, instrumentos e paramentos dos médicos.
Inacreditável.
Quarta consulta. Resultado da biópsia: câncer de pele e necessidade de um novo exame; “Imunoistoquímico e Coloração” para indicar o tipo de intervenção cirúrgica e tratamento.
Retorno agendado para 08 de dezembro, 2013.
Quinta consulta. Os resultados dos novos exames não ficaram prontos. Mesmo assim, enquanto esperam os resultados, os médicos enviaram duas solicitações para vagas em Oncologia para o ICESP (Instituto do Câncer SP) que também pertence ao Hospital das Clínicas, só que no prédio da Av. Dr. Arnaldo; uma solicitação para o setor Cabeça e Pescoço e outra para Dermatologia. Dependendo do resultado do “Imuno” serei aceito em um setor ou em outro.
Aguardar chamada que será feita dentro de 10 ou 15 dias, à partir desse dia 08 de dezembro, nos números dos telefones que deixamos para contato, o meu e do meu filho.
Tudo absolutamente profissional e competente.
Alguns dias depois, dia 14 de dezembro, recebi a oferta de atendimento pelo telefone, e a confirmação por SMS, que eu serei atendido e tratado no Hospital do Câncer, no prédio da Av. Dr. Arnaldo, 251 - 4º andar, no próximo dia 04 de fevereiro às 10.15 hrs., pelo Dr. Caio Lamunier de Abreu Camargo.
Surpreendente!
Quer dizer então que o serviço de saúde na cidade de São Paulo é uma maravilha?
Não é uma maravilha não, no entanto poderia. O atendimento é demorado entre uma consulta e outra; é preciso muita paciência e meses de espera para o tratamento necessitado.
Quer saber o motivo?
Senhoras e senhores, o número de pessoas atendidas por esses Postos de Saúde, AMAS, e, principalmente, o Hospital das Clínicas; essa Instituição Médica que poderíamos chamar de Hospital de Refugiados, é assustador.
Hospital de refugiados? Continue lendo e você vai saber.
É que, nesses ambientes de atendimento médico/hospitalar os moradores antigos da cidade, como eu, parecem estrangeiros: são 2 em cada 10, pra não errar, os paulistas que frequentam o atendimento médico/hospitalar público da cidade; sejam brancos, negros, mulatos ou amarelos, o resto é de fora, segundo a minha observação, treinada pelos olhos e ouvidos durante decadas.
Conheço bem essas duas figuras que vivem aqui: da saudosa e da nova Paulicéia.
Para as primeiras figuras é porque nasci no bairro da Barra Funda em 1944 e sou filho e neto de gente que já morava aqui à muito tempo. Na segunda é porque, quando adulto, morei em Recife e trabalhei em todo norte/nordeste brasileiro e casei em Fortaleza com uma cearense. Convivi, durante 4 anos, entre os privilegiados e a multidão de desprotegidos indo de Salvador a Manaus passando por todas as capitais do caminho; área da minha atuação como diretor da Operadora de Turismo Meliá.
Meu, é como se os filhos da cidade estivessem proibidos de usar os serviços públicos da sua cidade porque não precisam. Seria bom, no meu caso.
O Estado que è responsável por 40% da renda da União (?) – composta de 26 estados e 1 distrito federal -  ainda tem que ouvir a senhora Dilma ou algum dos seus ministros, uma vez ou outra, dizer que estão investindo alguma coisa em São Paulo.
Com o dinheiro arrecadado onde? É de cagar de rir.
Acontece, pra finalizar, que o serviço de saúde de São Paulo poderia ser realmente uma maravilha, se não houvesse tanta gente vindas se refugiar na cidade, ou no estado, fugindo da vida e dos serviços públicos oferecidos pelos seus estados de origem. Estados, na sua grande maioria, nortistas e nordestinos, que produzem políticos aproveitadores, preguiçosos, incompetentes (?), descarados e um bando de miseráveis para exportação (com as exceções de sempre).
No entanto, esses mesmos coronéis políticos - que nunca estiveram interessados em criar valor para a região e o seu povo - são eleitos e colocadas no poder, à séculos, por eles mesmos, esses Couro de Gato*.  E nem um, que empurra os seus conterrâneos para os outros socorrer, e nem o outro, que é socorrido, tem um pingo de vergonha dessa situação, ou, melhor dizendo, vergonha na cara.
Parece que São Paulo virou o novo Arraial de Canudos. Só falta eleger o Antonio Conselheiro como governador.
Você pode achar esse meu relato e considerações preconceituosas; é que eu sou tolerante, mas não sou fanático e, muito menos, hipócrita.
A verdade é feia e inconveniente, eu sei.
Feliz Aniversário Cidade de São Paulo!
...

* Aprendi a expressão Couro de Gato com um senhor da elite pernambucana que usava o termo para se referir ao povaréu, à gente comum do seu Estado. Já o escritor paraibano, José Lins do Rêgo, usava o termo Macumbenbes ou Mocambos quando se referia aos cidadãos que ele classificava de segunda classe (leia “Fogo Morto” da sua autoria).



segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Cartinha para o Papai Noel - Natal de 2013.

Querido Papai Noel,
Neste Natal de 2013 quero um presente que eu não sei se o senhor pode me dar. Mesmo assim eu vou pedir.
 É o seguinte, meu bom velhinho:
Quero a minha inocência de volta. É uma bosta procurar antecipar possíveis encantos ou desencantos. Isso não é natural e humano.
Eu quero de volta as incertezas. Estou com o saco cheio das certezas sobre todas as coisas. É muita presunção querer prever acontecimentos futuros; não esperar que as coisas rolem espontaneamente.
Acho que a experiência esta fora de moda, caduca, e a pretensão do conhecimento uma chatice.
Quero de novo a ingenuidade do jovem que acredita nos adultos; que a humanidade ainda tem jeito e aceitar o falso como verdadeiro.
Quero voltar a viver a fantasia do improvável.
Voltar a ter fé nas Orações e na Igreja.
Dimenticare as ofensas justas, e as injustas também.
Voglio essere gente comune che ama da vero, como cantou o Renato Russo.
Não me importar de ser chamado de babaca por chorar diante da solidão representada pela tela de uma cadeira pintada por um louco, ou de outra pintura que mostra duas meninas lendo um livro, ou ainda diante de uma escultura feita no frio mármore.
Quero sair de casa sem agasalho, mesmo sabendo que poderá fazer frio no meio do caminho.
Passar embaixo de uma escada, mesmo que algo de ruim possa acontecer. Sentir um baita susto ao cruzar com um gato preto numa sexta feira 13.
Quero voltar a cometer os enganos necessários, porque sem eles a vida é muito monótona e falsa.
Quero sentir melanconia nos dias chuvosos e me preocupar com os desabrigados, mesmo sabendo que essa é uma incumbência Dele e não minha.
Aceitar a incompreensão sobre o que eu digo e perceber que só assim pode-se desenvolver a humildade e pensar melhor sobre a importância da dúvida.
Preferir o recuo e a covardia para não magoar ninguém diante do enfrentamento desleal da ignorância.
Quero viver de novo a ansiedade de aguardar que o apelo dos senhores do humanismo e do iluminismo, de ontem e de hoje, sejam ouvidos pelos políticos e poderosos.
Aguardo um retorno.
Atenciosamente,
Tiaguinho – faltando dois meses para completar 70 aninhos.
...
Em tempo: Quando o senhor for à casa dos meus amigos e amigas para entregar os seus respectivos presentes diga a eles que eu desejo Boas Festas, viu?







terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Perfil de São Paulo

Uma singela homenagem aos 459 anos da minha querida, invadida, violentada, embrutecida e saqueada Cidade de São Paulo.
...

Perfil de São Paulo

Aonde estão teus sobrados,
De longos telhados,
E teus lampiões?
E os moços da academia,
Na noite tão fria,
Cantando canções?
E sinhazinha delgada,
Pisando a calçada,
Na tarde vazia?

Francisco Rebolo
 

Anita Malfatti / Mario de Andrade
O tempo tudo mudou,
Mas não apagou,
A tua poesia.


Não mudou, 
Não se apagou,
A tua sedução,
A garoa,
Cai atoa,
Pra guardar,
A tradição.


São Paulo num só minuto,
É o Brás, Tietê, viaduto,
Barracas de flores,
E a multidão.




Largo do Arouche












Os Pardais,
Em madrigais,
O sol rasgando a cerração,
E a noite com seus pintores,
Apagando, acendendo em cores,
Teu nome, no meu coração...
Teu nome, no meu coração.


Autor da letra: Bezerra de Menezes.